sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Videoaulas

O website plagiarismadvice.org disponibilizou a gravação das três videoaulas sobre honestidade e integridade acadêmica apresentadas pelo Prof. Marcelo Krokoscz, autor do livro "Autoria e plágio". Os temas apresentados são os seguintes: 1) Por que acontece plágio nos trabalhos dos estudantes? 2) Como detectar o plágio 3) Um guia rápido para referências. Os vídeos podem ser acessados CLICANDO AQUI 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Como identificar o plágio nos trabalhos dos estudantes


NÃO PERCA!

Evento online promovido pelo website britânico Plagiarismadvice.org com a
participação do professor Marcelo Krokoscz (FECAP), autor do livro
"Autoria e Plágio" (ATLAS, 2012), doutorando da FEUSP, membro da Rede Acadêmica Mundial
no enfrentamento do plágio acadêmico.

Identificando o plágio nos trabalhos dos
estudantes

dia 5 de setembro (5ª Feira)
às 10h
 
Neste webinar serão apresentadas algumas técnicas de detecção do plágio
e a importância destes procedimentos para a redução da sua ocorrência nos
trabalhos acadêmicos.

Inscrições aqui:

http://www.eventbrite.com/event/7604736973

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Por que os estudantes fazem plágio?

A sessão de webinar promovida pelo site britânico PlagiarismAdvice.org foi gravada e agora está disponível para todos os interessados assistirem. Veja aqui: http://turnitin.adobeconnect.com/p22hcp45gmi/

Os eventos sobre plágio continuam...

Dia 27/8 - UFPR/RJ : evento presencial

Dia 29/8 - FECAP/SP : evento presencial

Dia 5/9 - "Como detectar o plágio" : webinar

Dia 12/9 - "Guia rápido de referências" : webinar

Veja na postagem abaixo como PARTICIPAR DOS EVENTOS.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Eventos sobre plágio acadêmico


 
O website britânico PlagiarismAdvice.org está promovendo uma série de eventos em português sobre plágio acadêmico composta de 3 seminários online e 2 eventos presenciais no Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo).
 
Consulte a programação dos webinars aqui: http://www.eventbrite.com/event/7604736973
 
A programação e inscrição nos eventos presenciais pode ser feita aqui: http://www.eventbrite.com/event/7607994717

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Originalidade importa: não faça plágio

Cartaz elaborado por Madeline Ocampo da "The County High School for the Arts" de Los Angeles, vencedor da campanha "Originality Matters" promovido pela Iparadigms, LLC, por ocasião da Plagiarism Education Week.

Veja todos os cartazes finalistas aqui.

Plagiarism Education Week



Na semana de 22 a 26 de abril, o desenvolvedor do Turnitin, maior software de detecção de plágio, promoveu uma série de palestras abertas ao público via webinar. Os temas tratados foram percepções de estudantes sobre o plágio (segunda-feira), tipos de plágio (terça-feira), enfrentamento do plágio (quarta-feira), integridade acadêmica (quinta-feira) e originalidade (sexta-feira). A gravação das apresentações feitas podem ser assistidas CLICANDO AQUI.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Complexidade do plágio

Esta matéria publicada ontem (11/04/13) no jornal espanhol "El Huffington Post" demonstra um pouco da complexidade que permeia o plágio acadêmico e a decorrente falta de clareza que isto pode implicar em algumas abordagens. Neste caso, a matéria do advogado analisa o plágio sob o viés do direito o que no âmbito acadêmico é uma noção insuficiente para a compreensão da extensão do problema. Basta pensar por exemplo que o autoplágio (copiar de si mesmo) e o conluio (usar trabalho feito e cedido por amigo ou comprado) do ponto de vista jurídico não tem nenhuma implicação pois em ambos estes casos o autor não pode e nem se sente parte lesada e assim poderia requerer proteção dos Direitos Autorais. Contudo, estes procedimentos são considerados plágio e passíveis de punições acadêmicas porque caracterizam FRAUDE intelectual. A edificação do conhecimento é algo que se constrói progressivamente, avançando e adicionando-se novas contribuições, daí ser inadmissível o autoplágio; por outro lado, para o estudante em formação, a suposição de que os trabalhos acadêmicos entregues foram feitos originalmente por ele são meio e condição de avaliação do andamento e do nível de sua aprendizagem acadêmica, o que fica dissimulado quando um aluno usa um trabalho feito por um amigo ou compra de terceiros mas apresenta como próprio. Nestes casos não há nenhum problema de direitos autorais, juridicamente, poder-se-ia falar em falsidade ideológica... Mas academicamente, não é isto que interessa! É uma questão de princípios éticos, mais do que de regras jurídicas pois a integridade científica é o "santo graal" da ciência; algo que no âmbito científico é nobre, defendido e preservado como um dogma que não se limita às leis. p.s. Outro exemplo de texto equivocado sobre o que caracteriza o plágio no âmbito acadêmico é este aqui.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Foi plágio?

A Doutora Renata Ferreira Costa defendeu em outubro de 2012 sua tese de doutorado intitulada "Um caso de apropriação e fontes textuais: memória história da capitania de São Paulo, de Manuel Cardoso de Abreu, 1796". Com um minucioso e excelente trabalho de levantamento histórico, Renata analisou a denúncia feita por historiadores como Capistrano de Abreu e Afonso de Taunay de acordo com os quais a obra "Memória histórica" de Manuel Cardoso de Abreu era plagiada. A pesquisadora de fato constatou que 76% da obra acusada constitui-se da reprodução de fontes que não foram citadas, entre elas o texto "Memórias para a História da Capitania de São Vicente", escrita pelo Frei Gaspar da Madre de Deus, com a qual há uma correspondência de similaridade de 54,2%. Não obstante isto parecer um caso explícito de plágio, a autora da tese chega a conclusão final de que "a apropriação textual realizada por Manuel Cardoso de Abreu não pode ser considerada um plágio, mas uma reescritura de textos alheios, isto é, uma compilação" (COSTA, 2012, p.166). Interessante como a autora sustenta esta tese observando uma característica conhecida dos pesquisadores, qual seja, a de que o plágio é um fenômeno complexo que possui nuances que variam no decorrer do tempo e nas condições em que é observado. Neste sentido, a Dra. Renata observa que na época de Manuel Cardoso (Séc. XVIII) o reaproveitamento de textos alheios não era considerado plágio, seja do ponto de vista da concepção que se tinha da escrita da história, bem como do ponto de vista jurídico que à época ainda não legislava sobre o assunto, aliás, algo que bem notado pela a autora, ainda hoje não está inteiramente esclarecido pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9610/98). Assim, a autora conclui que as acusações de Taunay e Abreu são extemporâneas e filiadas a uma modalidade de leitura da história fundamentada na necessidade de documentaçao das fontes, uma modalidade concorrente da forma tradicional (copista) de registro da história. Daí a conclusão que Manuel Cardoso de Abreu não cometeu plágio. O interessante deste trabalho é que ele reforça constatações e suscita indagações. O fenômeno do plágio precisa ser analisado sempre na perspectiva da especificidade de cada caso, e é neste sentido que há de se considerar o plágio acadêmico, uma modalidade de ocorrência que estrapola, por exemplo, o alcance jurídico. Além disto, talvez a categoria de envolvimento com o plágio acadêmico mais comum na atualidade seja o plágio acidental, aquele que decorre do desconhecimento do redator das regras e convenções científicas, da incapacidade de escrita científica ou até mesmo resulta da desinformação em relação às diferentes possibilidades de ocorrência do plágio, algo que vai bem além do simples copiar e colar. Então, poder-se-ia dizer que "não foi plágio" quando em um trabalho acadêmico constata-se similaridades não intencionais? Ou o que dizer dos casos de conluio, quando um terceiro cede ou vende inteiramente seu trabalho original para que seja reutilizado e reapresentado ao público acadêmico como se fosse próprio? São questões difíceis cuja reflexão e resposta não pode ser simplista... Lembro-me aqui de Bouvard e Pecuchet, os simpáticos personagens de Flaubert, que nutriam o íntimo e honesto desejo de produzir novos conhecimentos. Mas depois de muitos e contínuos fracassos, frutos frequentes de sua inépcia e capacidade, acabam por concluir: “Nada de refletir! Vamos copiar. A página deve ser preenchida [...].” (FLAUBERT, 2007, p. 353).

sexta-feira, 1 de março de 2013

Autora de best-seller acusada de plágio

Este caso divulgado pela mídia neste link me fez pensar no "ghost-writer", uma forma de autoria dos bastidores, quando outras pessoas criam parte ou a íntegra de uma obra e cedem ou comercializam com quem publicamente aparecerá como autor. É o que acontece por exemplo no caso de um amigo já formado que "dá" o trabalho científico que fez há anos para alguém que está se formando na atualidade com a finalidade de reaproveitamento, ou mesmo, o caso de pessoas que "vendem" trabalhos científicos prontos de acordo com a demanda da clientela, numa espécie de self-service no fast-food do conhecimento na era da internet. Ainda que do ponto de vista do direito moral a autoria seja instransmissível, o grande jurista Antônio Chaves bem observou em sua obra "Criador da obra intelectual", que “escritores ‘fantasmas’ sempre existiram e continuarão pelo tempo afora, numa prática cada vez mais frequente e difícil de ser reprimida” (1995, p. 27). Escritores famosos como Shakespeare e Alexandre Dumas e até mesmo estadistas como Ronald Reagan foram envolvidos em casos deste gênero. No entanto, geralmente o "escritor fantasma" que assim atua profissionalmente não costuma assumir seu papel alcoviteiro pois isto representaria para ele o fim de seu negócio, ou seja, quanto menos ele aparecer, mais trabalho pode ter... Do ponto de vista ético e jurídico é muito difícil punir o "ghost-writer", seja por ser um anônimo ou porque não formaliza sua queixa de autor de bastidor. Assim o recurso a este trabalho a quatro mãos, pode se tornar um hábito de criação que compromete o desenvolvimento do talento da criatividade e corrompe o hábito do esforço e da dedicação no processo de criação autoral. Assim, desenvolve-se o costume de reaproveitar ideias alheias como uma prática comportamental naturalizada cujo diagnóstico dispensa titulação médica. Penso que este caso é uma excelente oportunidade para refletir e debater o papel autoral do orientador de trabalhos acadêmicos, uma autoria fantasma às avessas. Numa atividade que em geral consiste numa relação formal de interlocução intelectual, que tem o escopo de contribuir no processo de criação científica e cuja culminância é a redação do trabalho escrito, o que invariavelmente é feito pelo orientado. Entretanto, diferentemente dos casos de autoria fantasma no campo da literatura, no âmbito acadêmico o fantasma reivindica e assina junto quando o trabalho é publicado. Não importa! Em ambos os casos a autoria é assombrada.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ministra alemã da educação terá de devolver diploma por plágio

A decisão da Universidade de Dusseldorf de cassar o diploma da Ministra da Educação após ter sido constatada a ocorrência de plágio em vários trechos da tese de doutorado dela acompanha uma tendência que já levou outras autoridades à perda de seus títulos. E se pode esperar que muitos outros casos semelhantes ainda virão à público. É que a temporada de "caça aos plagiários" está aberta na Alemanha e websites como o GuttenPlag e o VroniPlag, mantidos por acadêmicos e voluntários anônimos têm se dedicado exclusivamente a fazer o escaneamento em softwares de detecção do plágio dos trabalhos acadêmicos feitos por acadêmicos ilustres. A julgar pelos casos recentes, pode-se esperar um efeito dominó envolvendo muito outros trabalhos acadêmicos... Diante disto, duas observações importantes: 1) Se este tipo de ação for expandida e passar a ser realizada em outros lugares como, por exemplo, no Brasil, os resultados obtidos não serão muito diferentes: vários trabalhos serão identificados com passagens plagiadas. Por que? Nem sempre o plágio acadêmico ocorre por má-fé e a falta de precisão na identificação das fontes, desconhecimento ou negligência quanto ao uso das regras de documentação científica ou mesmo desorganização durante a redação do trabalho, são alguns dos fatores que podem ocasionar a ocorrência do plágio acidental. Contudo, isto não justifica a ocorrência do plágio, pois a ausência de intencionalidade não é suficiente para absolver responsabilidades. O que cabe pensar diante disto é que apesar do plágio ser um problema bastante antigo, é um assunto complexo que não se enfrenta apenas com medidas punitivas. É preciso reconhecer que no processo de formação científica a dedicação aos estudos de criação, redação científica e mesmo conhecimento sobre o plágio são assuntos que têm quase ou nenhum espaço nos programas de ensino das universidades. Neste caso, a cobrança ou mesmo a punição sobre condutas indesejadas, mas que não foram ensinadas ou sequer consideradas como objeto de aprendizagem para que fossem identificadas e evitadas é algo que precisa ser no mínimo repensado sob o risco de se instituir mecanismos de controle ineficazes por agirem especificamente sobre efeitos indesejados enquanto que seria muito mais proveitoso o investimento de esforços relacionados à identificação e tratamento das causas da ocorrência. Esta observação leva ao segundo ponto: 2) Antes que estas iniciativas de "caça às bruxas" virarem moda, é muito mais interessante que as instituições reflitam em que medida têm se preocupado e contribuído para que seus acadêmicos tenham um desempenho indelével. Este tipo de iniciativa, além de evitar um olhar retrospectivo que no máximo serve como condição importante para análises diagnósticas, direciona o foco das atenções para o desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção da ocorrência do plágio em trabalhos acadêmicos daqui para a frente. A grande importância da identificação dos erros cometidos no passado está nas lições que se pode aprender por meio deles para que se evite a sua reprodução na atualidade e no futuro. Entretanto, isto ainda é um desafio a ser assumido no enfrentamento do plágio acadêmico, pois ainda repercute muito mais os casos de ocorrência e punição do que o debate sobre ideias e estratégias que podem contribuir para que este problema seja minimizado. E embora não tenham tanta repercussão, iniciativas internacionais têm avançado neste sentido em diversas áreas: na promoção da cultura de integridade acadêmica; na utilização de formas alternativas para a apresentação de relatórios de pesquisa; na disponibilização generalizada de informações sobre o plágio entre os acadêmicos, entre outras. Em suma, são ações que refletem as preocupações educativas das instituições muito mais do que as punitivas. O que de fato interessa!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Center for International Media Ethics

O Center for International Media Ethics engajou-se no enfrentamento do plágio e durante 2013 vai desenvolver uma série de entrevistas e matérias sobre o assunto. Na primeira entrevista publicada são apresentados alguns aspectos e características que auxiliam na compreensão do plágio bem como algumas pistas relacionadas a prevenção. Confira clicando aqui neste link.

Indicação na Folha

O livro "Autoria e plágio" foi indicado como "bibliografia ótima" na seçao de livros jurídicos do caderno Cotidiano da Folha de São Paulo, publicada em 03 de novembro de 2012.